Memória e subjetividade de uma cena musical através da história oral

Resumo: O estudo da memória exige do pesquisador alto nível de cuidado que se inicia pelo conhecimento do próprio termo. Somente desta forma é possível escolher o método de trabalho mais adequado, a fim de se obter os resultados esperados da forma mais eficaz. A história oral revela-se como um conjunto de técnicas especialmente adequado à pesquisa em memória, capaz de perceber as diversas subjetividades humanas através das entrevistas, capturadas por ferramentas tecnológicas em áudio e vídeo para, então, serem convertidas à linguagem escrita. Através da história oral foi possível abordar, da maneira mais condizente aos objetivos da nossa pesquisa, a memória da cena musical do rock em Vitória da Conquista-BA durante o período de 2000 a 2019. A experiência revelou grande rol de possibilidades de análise do conteúdo colhido, sendo possível, inclusive, perceber novas nuances para futuras revisitas ao material original, considerando-se o arquivo em vídeo como o mais próximo da experiência in loco e, portanto, grande fonte de dados subjetivos, impossíveis de serem transmitidos com a devida fidelidade através da linguagem escrita.

Palavras-chave: Memória. História oral. Subjetividade. Fonte oral. Cena musical.

Autores:

Plácido Oliveira Mendes
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Memória Musical do Sudoeste da Bahia
Vitória da Conquista – Bahia

Felipe Eduardo Ferreira Marta
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / Universidade Estadual de Santa Cruz
Vitória da Conquista – Bahia




História: Tempo & Argumento

Publicado em 26 de maio de 2022.

O e-book “História Tempo & Argumento” traz um conjunto de estudos inéditos que apetecem contribuir com o campo da pesquisa em história. 

Nero e Evangelista Júnior, em sua pesquisa, investigam o "Monstro de Guaianases" que teria sido autor de pelo menos 29 crimes entre ataques sexuais e homicídios na cidade de São Paulo no período entre 1936 a 1952, um tema ousado, que levanta questionamentos que merecem a atenção do leitor.

No texto de Bandeira, há uma discussão pautada no medo que acompanha a sociedade brasileira desde a pandemia do século XIX. Por meio das charges publicadas na Revista Ilustrada, o autor traça um paralelo com a pandemia do século XXI, de COVID-19, buscando propor um equilíbrio para a vida em comunidade.

A imagem do caixeiro viajante ressurge no estudo de Vieira Filho, que traz sua importância social e econômica para o interior do Piauí, trazendo elementos da cultura material e imaterial que envolve o desenvolvimento econômico, político, social e cultural do Estado.

No artigo de Claro, a autora propõe seu olhar a partir do estudo da líder religiosa do Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Eugênia Anna dos Santos e seu papel educacional na resistência e luta negra em Salvador/BA.

No artigo de Lara, a autora discute o drama social vivido pela pandemia de COVID-19 e sua relação com a ocupação/desocupação do espaço acadêmico da UNEMAT, no município de Cáceres/MT, propondo como esse processo impactaria na trajetória acadêmica destes alunos.

A história da Universidade de Sorocaba foi registrada por Xavier e Pinto que pesquisaram o período de 1951 a 2021 apontando o crescimento da instituição em várias áreas, com destaque a extensão universitária.

Utilizando-se da história oral, Mendes e Marta pincelam a história da cena musical do rock em Vitória da Conquista/BA no período de 2000 a 2009. É uma importante oportunidade de conhecermos um pouco mais sobre esse gênero musical e sua presença no interior do Brasil.

Uma ótima leitura a todos!

Willian Douglas Guilherme

(Organizador)

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